quinta-feira, 15 de março de 2018

No coração de Deus


Certo dia, a solidão bateu à porta de um grande sábio. Ele convidou-a para entrar. Pouco depois, ela saiu decepcionada. Havia descoberto que não podia capturar aquele ser bondoso, pois ele nunca estava sozinho: estava sempre acompanhado pelo AMOR de Deus.

De outra feita, a ilusão também bateu à porta daquele sábio. Ele, amorosamente, convidou-a a entrar em sua humilde morada. Logo depois, ela saiu correndo e gritando que estava cega. O coração do sábio era tão luminoso de AMOR que havia ofuscado a própria ilusão.

Num outro dia, apareceu a tristeza. Antes mesmo que ela batesse à porta, o sábio assomou a cabeça pela janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecedor. A tristeza recuou, disse que era engano e foi bater em noutra porta que não fosse tão luminosa.

A fama do sábio foi crescendo e a cada dia novos visitantes chegavam, objectivando conquistá-lo em nome da tentação.

Num dia era o desespero, no outro a impaciência. Depois vieram a mentira, o ódio, a culpa e o engano. Pura perda de tempo: o sábio convidava todos a entrar e eles saíam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa.

Porém, um dia a morte bateu à sua porta. Ele convidou-a a entrar.

Os seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento, ofuscada pelo AMOR do mestre.

Entretanto, tal não aconteceu. O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam.

Os discípulos, cheios de receio, penetraram na humilde casa e encontraram o cadáver de seu mestre esticado no chão. Começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido com a morte.

Na mesma hora entraram na casa, a ilusão, a solidão e todos os outros servos da ignorância que nunca haviam conseguido permanecer anteriormente naquele recinto. A tristeza dos discípulos havia aberto a porta e os mantinha lá dentro.

Enquanto isso, noutra dimensão, levado pela morte, o sábio instalava-se na sua nova residência.

Agora, só batem à sua porta os espíritos luminosos.

E, amorosamente, ele continua convidando todos os que batem para  entrar na sua nova morada.

Agora ninguém quer sair de lá, pois agora o grande mestre "mora no coração de Deus".

Texto atribuído a "Aivanhov" e "Yogananda"

Assim é o poder do AMOR. Sintam-no dentro da vossa morada, bem no mais profundo do vosso Ser .

Esse é o AMOR de Deus e sintam-se para sempre... sempre, sempre... Muito AMADOS.

Fiquem bem

(A Mónada)

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