A endorfina é produzida na hipófise
e liberta-se no sangue juntamente com outras hormonas que estimulam a produção de
adrenalina e cortisol, preparando o corpo para qualquer situação de perigo,
acidente ou risco de sobrevivência, agindo sobre todo o sistema de nervoso de
forma a possibilitar uma enorme inibição da dor e rápida regeneração.
A sua designação tem origem
na junção das palavras endo (interno) e morfina (analgésico), mas além do seu
efeito analgésico, sabe-se também que a endorfina controla a reação do corpo à
tensão, regulando algumas funções do sistema nervoso autónomo, como as
contrações da parede intestinal e determinando o nosso humor.
Provavelmente parte da capacidade da acupuntura em aliviar e inibir a dor seja devida ao estímulo da liberação da endorfina. Uma vez estimulados os acupontos pelas agulhas, acredita-se que seja gerado um impulso nervoso que faz aumentar a liberação deste neurotransmissor no complexo supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito analgésico na região cerebral, isto para além de ocorrer a liberação de endorfina no próprio local inflamado.
Algumas pesquisas afirmam mesmo que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou duas horas após a sua liberação, o que corresponde ao momento de tranquilidade e paz que os atletas sentem após as atividades físicas intensas. Outros estudos chegaram mesmo a observar o efeito desta hormona para além das 72 horas após os exercícios prolongados e de endurance, como por exemplo a corrida da maratona.
Talvez possa ser esta a
hormona neurotransmissora que nos possa causar maior nível de viciação, o que
foi constatada em atletas de alta competição, que ficaram inibidos de praticar
o seu desporto, designadamente após uma lesão grave, tendo-se observado
sensações desagradáveis, tais como: desconforto, irritabilidade, ansiedade,
depressão e alteração de humor, de forma perfeitamente idêntica ao síndrome de
abstinência causada por algumas drogas quando se interrompe abruptamente a tua
toma.
Atualmente apenas se pode
confirmar cientificamente que a
endorfina é produzida na hipófise e liberta para o sangue juntamente com o GH
(hormona do crescimento) e o ACTH (hormona adrenocorticoide) que estimula a produção
de adrenalina e cortisol, que atuam conjuntamente no sistema nervoso central,
periférico e autónomo, produzindo diversos efeitos provavelmente de acordo com
o seu nível de produção e composição.
Apesar de todas as pesquisas
já realizadas, certos pontos ainda continuam obscuros, como por exemplo: ainda
não se determinou a intensidade e duração mínima de exercícios capaz de
incrementar a concentração de endorfina, bem
como da quantidade de exercício necessária para que possa ocorrer o
efeito de "depedência".
Seja como for, a descoberta da
endorfina faz-nos pensar o quão perfeito é o nosso corpo e como ele está tão
preparado para nos acolher e providenciar a melhor experiência consciencial na
materialidade, agregando à nossa volta triliões de células, que nos permitem
expressar diferentes formas de criação baseadas na nossa essência espiritual
que é o Amor.
Sintam-se por isso sempre
muito amados por todas essas micro-consciências elementares que constituem o
nosso corpo.
Fiquem bem...
(A Mónada)
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