domingo, 3 de abril de 2016

Endorfina – o nosso analgésico natural no combate contra a dor


A endorfina é produzida na hipófise e liberta-se no sangue juntamente com outras hormonas que estimulam a produção de adrenalina e cortisol, preparando o corpo para qualquer situação de perigo, acidente ou risco de sobrevivência, agindo sobre todo o sistema de nervoso de forma a possibilitar uma enorme inibição da dor e rápida regeneração.

A sua designação tem origem na junção das palavras endo (interno) e morfina (analgésico), mas além do seu efeito analgésico, sabe-se também que a endorfina controla a reação do corpo à tensão, regulando algumas funções do sistema nervoso autónomo, como as contrações da parede intestinal e determinando o nosso humor.

Provavelmente parte da capacidade da acupuntura em aliviar e inibir a dor seja devida ao estímulo da liberação da endorfina. Uma vez estimulados os acupontos pelas agulhas, acredita-se que seja gerado um impulso nervoso que faz aumentar a liberação deste neurotransmissor no complexo supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito analgésico na região cerebral, isto para além de ocorrer a liberação de endorfina no próprio local inflamado.
 
Algumas pesquisas afirmam mesmo que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou duas horas após a sua liberação, o que corresponde ao momento de tranquilidade e paz que os atletas sentem após as atividades físicas intensas. Outros estudos chegaram mesmo a observar o efeito desta hormona para além das 72 horas após os exercícios prolongados e de endurance, como por exemplo a corrida da maratona.

Talvez possa ser esta a hormona neurotransmissora que nos possa causar maior nível de viciação, o que foi constatada em atletas de alta competição, que ficaram inibidos de praticar o seu desporto, designadamente após uma lesão grave, tendo-se observado sensações desagradáveis, tais como: desconforto, irritabilidade, ansiedade, depressão e alteração de humor, de forma perfeitamente idêntica ao síndrome de abstinência causada por algumas drogas quando se interrompe abruptamente a tua toma.

Atualmente apenas se pode confirmar  cientificamente que a endorfina é produzida na hipófise e liberta para o sangue juntamente com o GH (hormona do crescimento) e o ACTH (hormona adrenocorticoide) que estimula a produção de adrenalina e cortisol, que atuam conjuntamente no sistema nervoso central, periférico e autónomo, produzindo diversos efeitos provavelmente de acordo com o seu nível de produção e composição.

Apesar de todas as pesquisas já realizadas, certos pontos ainda continuam obscuros, como por exemplo: ainda não se determinou a intensidade e duração mínima de exercícios capaz de incrementar a concentração de endorfina, bem  como da quantidade de exercício necessária para que possa ocorrer o efeito de "depedência".

Seja como for, a descoberta da endorfina faz-nos pensar o quão perfeito é o nosso corpo e como ele está tão preparado para nos acolher e providenciar a melhor experiência consciencial na materialidade, agregando à nossa volta triliões de células, que nos permitem expressar diferentes formas de criação baseadas na nossa essência espiritual que é o Amor.

Sintam-se por isso sempre muito amados por todas essas micro-consciências elementares que constituem o nosso corpo.

Fiquem bem...


(A Mónada)

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