segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

TODOS SOMOS DEUS


É comum ao longo da nossa vida, no domínio dos nossos relacionamentos, rotularmos as pessoas que se cruzam no nosso caminho em função da relação que estabelecemos com elas. São diversos os rótulos que lhes colocamos e nem sempre são dignificantes e justos. Cada um saberá de si, mas fazendo  um rápido exame de consciência, com certeza que nos iremos aperceber que serão mais as vezes que aplicamos rótulos negativos, e até em alguns casos, pejorativos e injustos.

A questão não é sobre a justeza desses rótulos mas antes desse ato de julgar tudo e todos em função das nossas crenças, mitos, preconceitos... e sobretudo pela forma de nos compararmos e diferenciarmos dessas pessoas, na maioria das vezes julgando-nos, de alguma forma, superiores.

Até no domínio mais espiritual e religioso isso acontece, às vezes até de forma mais fanatizada, em busca de uma perfeição divina ou do que achamos ser essa mesma perfeição. Provavelmente será por isso que, pelo mundo fora, ainda hoje se matam pessoas em nome de Deus.

Tudo começa com a diferenciação, que muitas vezes nos é imposta desde tenra idade, pelos preconceitos sociais e pela competição no contexto educacional e económico. Alguns autores e filósofos apelidam isto de darwinismo social, como algo natural e salutar relativamente à nossa própria espécie, como forma de desculpar a sociedade pelos seus lapsos de solidariedade e egoísmos.

Mas isto corresponde a uma total ignorância do que é o Ser Humano, sobretudo quando teimamos em só o querer ver como uma “ilha isolada” num oceano de consciências. É não aceitar a existência de algo transcendente a essa condição humana, que agrega todas as células do nosso corpo, a ponto de cada uma delas corresponder ao que pensamos e sentimos.

De fato todos nós temos uma diferenciação nem que seja pelo corpo que nos envolve, que tem um DNA único em termos Cósmicos. Mas isso não nos permite reduzir o Ser Humano a um mero corpo, com todas as suas funcionalidade e capacidades fisiológicas, olhando-o apenas como sendo pouco mais do que um animal racional.

Do que queremos falar é da parte que nos anima, daquela que nos transcende em termos materiais, daquela que existe para além da existência do próprio corpo e que nos liga enquanto Humanidade. Aquela que Carl Jung chamou de inconsciente colectivo, pois na maioria das vezes não temos uma verdadeira consciência da sua existência.

Na verdade esta Energia de Vida que nos caracteriza e que os orientais chamam de Ki ou Chi é comum a toda a vida e ao próprio Planeta que habitamos. Isto faz de nós todos UM, e por isso, necessariamente indissociáveis. Olhando pela perspectiva energética, é como se cada um de nós fosse uma molécula de água num grande e vasto Oceano.

Mas afinal o que é que somos? Matéria ou Energia?

Dizem os físicos que mesmo a Matéria é um estado vibratório e denso de Energia. Aqui parece não haver dúvidas... afinal somos todos Energia e por isso todos somos UM. Fazemos todos parte da mesma Energia Existencial de Vida... ou se quiserem, dito de outra forma, somos todos filhos de Deus.

Assim, percebemos com toda a clareza que não há ninguém absolutamente bom nem mau.

Há apenas seres individualizados, enquanto seres vivos racionais, e em que cada um, enquanto tal, projeta momentos de consciência que se transformam em energia de criação e de manifestação, à semelhança do que acontece em todo o Universo.

Todos somos UM. TODOS SOMOS DEUS manifestando-se através de cada um de nós.

Fiquem bem...


(A Mónada)

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