É
comum ao longo da nossa vida, no domínio dos nossos relacionamentos, rotularmos
as pessoas que se cruzam no nosso caminho em função da relação que
estabelecemos com elas. São diversos os rótulos que lhes colocamos e nem sempre
são dignificantes e justos. Cada um saberá de si, mas fazendo um rápido exame de consciência, com certeza
que nos iremos aperceber que serão mais as vezes que aplicamos rótulos
negativos, e até em alguns casos, pejorativos e injustos.
A
questão não é sobre a justeza desses rótulos mas antes desse ato de
julgar tudo e todos em função das nossas crenças, mitos, preconceitos... e
sobretudo pela forma de nos compararmos e diferenciarmos dessas pessoas, na
maioria das vezes julgando-nos, de alguma forma, superiores.
Até
no domínio mais espiritual e religioso isso acontece, às vezes até de forma
mais fanatizada, em busca de uma perfeição divina ou do que achamos ser essa
mesma perfeição. Provavelmente será por isso que, pelo mundo fora, ainda hoje
se matam pessoas em nome de Deus.
Tudo
começa com a diferenciação, que muitas vezes nos é imposta desde tenra idade,
pelos preconceitos sociais e pela competição no contexto
educacional e económico. Alguns autores e filósofos apelidam isto de darwinismo
social, como algo natural e salutar relativamente à nossa própria espécie, como
forma de desculpar a sociedade pelos seus lapsos de solidariedade e egoísmos.
Mas
isto corresponde a uma total ignorância do que é o Ser Humano, sobretudo quando teimamos em só o querer ver como uma “ilha isolada” num oceano de consciências. É não
aceitar a existência de algo transcendente a essa condição humana, que agrega
todas as células do nosso corpo, a ponto de cada uma delas corresponder ao que
pensamos e sentimos.
De
fato todos nós temos uma diferenciação nem que seja pelo corpo que nos envolve,
que tem um DNA único em termos Cósmicos. Mas isso não nos permite reduzir o Ser
Humano a um mero corpo, com todas as suas funcionalidade e capacidades
fisiológicas, olhando-o apenas como sendo pouco mais do que um animal racional.
Do
que queremos falar é da parte que nos anima, daquela que nos transcende em
termos materiais, daquela que existe para além da existência do próprio corpo e
que nos liga enquanto Humanidade. Aquela que Carl Jung chamou de inconsciente
colectivo, pois na maioria das vezes não temos uma verdadeira consciência da
sua existência.
Na
verdade esta Energia de Vida que nos caracteriza e que os orientais chamam de
Ki ou Chi é comum a toda a vida e ao próprio Planeta que habitamos. Isto faz de
nós todos UM, e por isso, necessariamente indissociáveis. Olhando pela perspectiva
energética, é como se cada um de nós fosse uma molécula de água num grande e
vasto Oceano.
Mas
afinal o que é que somos? Matéria ou Energia?
Dizem
os físicos que mesmo a Matéria é um estado vibratório e denso de Energia. Aqui
parece não haver dúvidas... afinal somos todos Energia e por isso todos somos
UM. Fazemos todos parte da mesma Energia Existencial de Vida... ou se quiserem, dito de outra forma, somos todos filhos de Deus.
Assim,
percebemos com toda a clareza que não há ninguém absolutamente bom nem mau.
Há
apenas seres individualizados, enquanto seres vivos racionais, e em que cada
um, enquanto tal, projeta momentos de consciência que se transformam em energia
de criação e de manifestação, à semelhança do que acontece em todo o Universo.
Todos
somos UM. TODOS SOMOS DEUS manifestando-se através de cada um de nós.
Fiquem
bem...
(A
Mónada)
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