Têm de respeitar a vida humana como um ciclo, com um princípio, um
meio e um fim. O que fizerem ao longo de cada vida determina o vosso estado
evolutivo e de todas as vossas representações em múltiplas dimensões.
Assim, é muito importante que se aceitem e agradeçam em cada
momento o que o vosso corpo vos oferece, como forma de expressar o Amor e são
muitas as condicionante físicas para tal. As doenças que vão surgindo, mais ou
menos graves, são sempre escolhas de cada um ou consequências, nalguns casos
até cármicas, em relação ao que vivenciaram no passado, com a vossa mente e emoções.
Porém o apego à vida física é terrível. Refiro apego e não amor,
pois há uma grande diferença entre uma e outra.
O apego surge sempre que a mente inferior, desligada da superior,
se foca apenas nos desejos materiais, mesmo que estes sejam de índole
espiritual. Talvez valha a penas explicar melhor o que parece ser uma
incongruência mas não é... isto acontece quando, por exemplo, no caminho
espiritual que se abraça, haja uma
fixação no que é suposto realizar ao serviço de qualquer ideal religioso, quando
a condição humana já não o permite e se entra sucessivamente na negação dessa
mesma condição até à completa exaustão e desrespeito pela própria vida.
Ao contrário, o amor à vida exige sempre, e em qualquer situação,
a assunção da própria morte como parte integrante desta, tida como desencarne,
pondo assim termo ao que o Ser veio realizar e aprender nesse seu ciclo encarnacional.
De fato, nunca ninguém sabe quando pode chegar esse momento, pois que para que tal aconteça, a única condição essencial é a de estar
vivo. É óbvio que pela lei natural da vida, os mais idosos estarão mais
próximos dessa passagem e retorno ao seu verdadeiro lar, no entanto, quem
determina esse momento é sempre o Eu Superior de cada um, em função do contrato
encarnacional assumido por essa alma.
Assim, a melhor maneira de viveres é a de posicionar a tua mente
física no aqui e agora para que possas estar sempre em contato com a tua mente
superior. O Ser, deverá estar sempre ao serviço do Plano Divino, sendo muito
importante o seu próprio desenvolvimento espiritual, o qual só pode ser
devidamente reconhecido por essa mesma mente superior.
Amar a vida em cada momento é por isso o principal propósito de
cada um, ainda que os seus desejos não se venham a manifestar, pois a mente
inferior tem sempre muita dificuldade em atender e entender o que a alma deseja
e a mente superior quer.
Para que não acumules amarguras e decepções, vive cada dia como se fosse o teu último, mas não dando largas à exuberância da tua mente
inferior. Antes, porém, sentindo o que te revela o teu coração e procurando
sempre estar ao serviço de Deus e dando sempre o melhor de ti.
No final, não conta se ficaste na história dos homens. Se fizeste
um caminho que todos os teus pares reconhecem e elogiam. Não interesse se vais
ser canonizado de santo ou se te assumem como mártir em nome de Deus.
O que conta verdadeiramente é todo o AMOR que foste capaz de
expressar e vivenciar ao longo do teu percurso de vida, seja ele longo ou curto. As
almas nunca contabilizam o tempo, mas somente o AMOR maior com que brilha a sua
LUZ.
Para tal, sintam-se sempre profundamente amados, pois é dessa forma
que poderão expressar verdadeiramente o vosso AMOR.
Vós sois esse AMOR!...
Fiquem bem.