quinta-feira, 18 de junho de 2015

Palavras e mais palavras...


"Todas as criaturas têm uma linguagem, mas só o ser humano dispõe da palavra e, para que essa palavra tenha realmente um sentido rico, deve tornar-se a expressão do Verbo divino que apoia, cura, ilumina. Se tiverdes este ideal, a primeira regra para o realizar é decidirdes não vos deixar arrastar para maledicências, calúnias, ou mesmo palavras “no ar”. Aprendei a dominar a vossa língua, dizendo: «Se eu não me controlar, nunca possuirei o verdadeiro poder do Verbo.»

Diz-se tanta coisa durante um dia! Lançam-se críticas ou acusações com ligeireza, pensando que, se se estiver enganado ou se se for longe demais, não é grave, será fácil reparar isso. Não, as pessoas não conhecem o itinerário de uma palavra, as regiões que ela atravessa e os estragos que ela pode fazer se for violenta ou mentirosa. E que não se pense que se pode reparar o mal causado pelas palavras pedindo desculpa ou pagando algumas “perdas e danos”! Face aos humanos, talvez a situação fique reparada; mas, face às leis cósmicas, nada fica reparado, a culpa mantém-se."

Um excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos relembra o poder da palavra pensada, falada e escrita.

Mas comecemos por entender que só os seres humanos têm uma linguagem própria com a qual formulam pensamentos e sentem emoções. No entanto convencemo-nos ilusoriamente que são estes pensamentos suportados em linguagem que nos definem e que sem eles seria como se não existíssemos.

Tal como os outros animais somos também somos capazes de vivenciar pensamentos através de visualizações criativas ou se preferirem através da imaginação. O problema é que desvalorizamos por completo esses mesmos pensamentos que igualmente nos provocam emoções.

No entanto, o autor do texto foca-se exclusivamente na energia da palavra e da forma como ela acaba, em primeira instância, por afetar a nossa energia, prolongando a sua existência bem para além da formulação das frases, mas não só.

A energia de cada palavra tem o poder de alterar a vibração de outras entidades que na proximidade captam e se sintonizam com ela. Esta energia pode ficar memorizada em vários tipos de suporte, físico e não só, e pode perdurar por tempo indefinido.

O Homem inventou a escrita e com ela faz com que as memórias associadas às palavras escritas perdurem através de livros, bibliotecas e mais modernamente através de mediatecas. No entanto, expressões como “nunca” ou “sempre” têm um impacto que podem durar eternidades, nesta e em outras dimensões, sobretudo se contiverem compromissos ou juras com outros seres.

Massaru Emoto, nas suas experiências com a água, demonstrou como meras intenções e palavras podem alterar a forma como a água cristaliza e as suas moléculas se organizam. Se assim é, poderemos imaginar o poder que as palavras que pensamos, escrevemos ou verbalizamos têm, em primeiro lugar sobre nós, que somos 70% água, e depois nos outros que as recebem e as processam.

E não julguem que bastará reparar ou reformular as mesmas. Lembrem-se que uma vez lançadas, as palavras iram fluir como formas de onda livres e independentes de quem as emitiu e de quem as vai receber. Se tiverem poder destrutivo, elas irão destruir independentemente do arrependimento, ou seja qual for a reparação que o seu emissor queira fazer.

Por isso a sua contenção é extremamente importante. Mas que também que não fiquem palavras por dizer, sobretudo aquelas que refletirem Amor, Sabedoria, Bom Senso e Paz.

Para que sejam fontes da Expressão Divina, com a consciência da importância do verbo, sintam-se sempre profundamente Amados, para que as vossas palavras, pensamentos e atos reflitam essa energia que afinal é a mesma da nossa essência.

Fiquem bem...


(A Mónada)

Sem comentários: