sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Mente de Deus e a do Homem


"Tudo o que acontece no mundo tem a sua razão de ser. O sábio tem esta certeza e por isso nada pode fazê-lo perder a sua luz, a sua paz, a sua confiança. Mesmo que muitos acontecimentos continuem a ser inexplicáveis para ele, isso não o leva a pôr a sabedoria divina em questão, pois sabe que, um dia, o seu significado ser-lhe-á revelado.

É certo que a existência nos põe muitas vezes perante factos, situações, que, à primeira vista, nos parecem incompreensíveis, absurdos e até escandalosos: como é que tais coisas são possíveis? Mas nada é mais terrível e perigoso do que concluir, a partir daí, que a vida humana é desprovida de sentido.

Jamais um sábio dirá, como alguns supostos filósofos, que tudo é acaso, caos e absurdo. Que orgulho é afirmar que não tem sentido aquilo que ainda não se consegue compreender! E que empobrecimento isso representa para o pensamento!"

Este excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov leva-nos a questionar: Como deverá ser o pensamento de Deus? Sendo nós criados à semelhança do Pai/Mãe, mesmo que a versão Adâmica tenha sofrido adulterações que estamos a depurar na nossa corrente evolução, cada vez mais a receber os novos códigos de LUZ crística emitidos desde o núcleo da nossa galáxia, as dimensões com que elaboramos o nosso raciocino e forma de pensamento, são diferentes e muito mais restritas do que aquelas que terá Deus.

Vejamos por exemplo, no contexto de toda a humanidade é assumido que qualquer tipo de doença é no mínimo uma adversidade a resolver e a superar. Em muitas circunstâncias ela pode representar dor e provocar a falecimento do corpo e por isso até a morte.

Agora que já expandimos um pouco a nossa consciência, percebemos que toda a doença não é obra do acaso. Mesmo quando ela é provocada por agentes patogénicos externos ou por qualquer acidente, tal acontece no decurso do nosso fluxo contínuo de vida e por isso estará de acordo com a energia irradiada pelo ser. Isto na prática significa que por exemplo num contágio, ele se deu porque tínhamos anticorpos incompatíveis ou o sistema imunitário enfraquecido. Por isso podemos sempre afirmar que tal deveu-se a um desajuste entre a nossa energia essencial de Alma e a do ser racional e egoico que também somos.

Olhando a doença por este prisma, então ela surge para nos alertar que não estamos no caminho certo, que existe uma diferença substancial entre o sentir da Alma e o sentir racional do ser, e que tal deve ser ajustado.

Se agora estiveres olhando para cada filho teu, pelo lado do que é verdadeiramente o Ser, que é a sua essência de Alma perpétua, e retirando a dimensão temporal, olharás a doença dele como uma forma de alerta de que ele necessita para lhe demonstrar que vai no caminho errado, mesmo que para tal tenha de desencarnar e voltar a encarnar, mesmo que sinta dor e possa entrar em sofrimento.

Agora pensarás... mas essa dor e sofrimento não são a antítese do amor? Como é que poderias ser um Pai amoroso e deixar o teu filho nessa dor e sofrimento?

Pois, mas se voltares a olhar pela perspetiva da não temporalidade e da ausência das dimensões espaciais, a dor e o sofrimento foram escolhas desse filho para poder aprender, transcendendo toda a dor e sofrimento pela Fé a cocriar em AMOR com Deus. A fisicalidade é efémera e é matéria reciclável e por isso é afinal um mero veículo de expressão de cada um dos seus filhos muito Amados.

E para nos mostrar exatamente isto, mesmo o próprio Deus se fez Homem e enviou o seu filho Jesus para nos ensinar a transcender a dor e o sofrimento. Este é o verdadeiro mistério da redenção.

Sintam-se por isso muito Amados por Deus. Mesmo doentes que possam estar, sintam a vossa doença como uma forma de orientação do Pai/Mãe para retornarem a esse AMOR e LUZ que todos somos.

Fiquem bem...

(A Mónada)

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