sábado, 27 de setembro de 2014

Onde está a PAZ


"Mesmo que, um dia, se conseguisse suprimir todos os exércitos e todos os canhões, no dia seguinte os humanos inventariam outros meios para se guerrearem. Não é suprimindo alguém ou alguma coisa no exterior que se pode restabelecer a paz. A paz é, em primeiro lugar, um estado interior, e é nele mesmo que o ser humano deve começar por suprimir as causas da guerra.

Enquanto ele for habitado pelo descontentamento, pela revolta, pela inveja, pelo desejo de possuir sempre mais, o que quer que ele faça não só alimentará no seu íntimo os germes da desordem, como semeará esses germes por toda a parte à sua volta.

Quem come e bebe o que quer que seja faz entrar no seu organismo certos elementos nocivos que o tornarão doente. E, então, que paz pode ele ter depois de estragar o seu organismo? No plano psíquico existe a mesma lei: se ele engolir todo o tipo de pensamentos e de sentimentos, ficará doente.

A paz também é, pois, consequência de um saber relativo à natureza dos alimentos que o homem “ingere” no plano psíquico. Ela só pode instalar-se naqueles que se esforçam por se alimentar de pensamentos justos e sentimentos generosos. Só esses seres podem trazer a paz ao seu redor: de todas as células do seu corpo, de todas as partículas do seu ser físico e psíquico, emana uma harmonia que impregna os mínimos atos da sua vida quotidiana."

Mais um excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos revela que a PAZ é um estado do ser interno de cada um. Mas para que a PAZ exista e se instale de fato na Humanidade, é necessário que todos consigamos estar em Paz connosco próprios. Para tal é de fundamental importância que possamos sentir e entender os apelos da nossa alma.

Porém grande parte das pessoas descarta e prefere ignorar a sua alma. Há até quem duvide que a tenha, quanto mais estar uno com ela. A verdadeira integridade do Ser é nem mais nem menos do que sentir-se uno e coerente com o sentir da sua própria alma.

Só após, perante os seus atributos que são: a doçura, a candura e elegância, é que nela deves “cultivar” todos os dons e virtudes que te possam conduzir a uma verdadeira Paz interior.

Como diz o autor deste texto, mesmo que não estejas em contato com a tua alma, podes no entanto sempre escolher ter pensamentos justos e sentimentos generosos. Mas se tiveres dúvidas sobre eles então prefere deixares de criticar, objetar e julgar os outros de acordo com as tuas crenças, mitos e preconceitos. Afinal elas não são absolutas e são o resultado da tua educação, dos princípios e valores que te passaram, de toda a pressão psicológica que os média exercem, sobretudo no tipo de jornalismo sensacionalista que não se cansa de mostrar o pior do que o ser humano é capaz.

Também é verdade que te deixas atrair por essas sombras e chagas sociais, pois elas existem dentro de ti e de alguma forma a tua alma quer chamar-te à atenção para elas, para que as possas transmutar em Amor. É absolutamente hipnóticoe é o que é mais comum a todos os mortais.

Mas tu não és nada disso, no entanto deixas-te conduzir para estados de revolta e de ansiedade interior, mesmo que inconscientes, que são absolutamente o oposto da Paz que necessitas e queres ter. Se pudesses ver tudo isso com os olhos misericordiosos e compassivos de Deus, verias rigorosamente os mesmos fatos como aprendizagens evolutivas sem condenares ninguém. Isto não significa que não deva ser feita a justiça, nada disso, apenas o que muda é o teu olhar, o teu entendimento e discernimento.

Enquanto não conseguires ter este novo olhar, prefere ver e vivenciar toda a beleza, bondade e generosidade que também há e que se calhar até existe neste mundo em muito maior quantidade do que tudo o que te preferem mostrar de negativo.

Na medida em que fores tendo em atenção o teu sentir interior e as tuas escolhas conscientes de não criticares, objetares e julgares ninguém, nem mesmo a ti. Verás que aos poucos, uma enorme PAZ se irá instalar dentro de ti, pois essa é uma característica da tua verdadeira essência.

Vive pois em PAZ e sente-te por isso muito AMADO.

Fica bem.


(A Mónada)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Vontade versus Imaginação


A Imaginação é mais poderosa do que a força de vontade.

Como exemplo disso imagina uma viga de ferro de 10 metros de comprido com cinco centímetros de largura (como por exemplo um carril de comboio) estendido no chão. Com certeza não terias grande dificuldade em andar por cima dessa viga.

Mas imagina agora como te sentiras se esta viga estivesse apoiada entre dois prédios bastante altos e tivesses de andar sobre ela. O mais certo é que tivesses medo de cair e que provavelmente até cairias mesmo, independentemente da força de vontade que empregasses para realizar a travessia. A viga afinal não mudou, e o que era antes fácil, agora pelo simples facto de imaginares como seria utilizá-la para a atravessar de um prédio para o outro, no mínimo, o medo levar-te-ia a estados de ansiedade e de desequilíbrio que tornaria esta tarefa muito complicada.

O cérebro não distingue entre aquilo que os olhos vêm e o que a imaginação ou a visualização criativa pode produzir. São disparadas exatamente as mesmas sinapses, quer num caso como no outro. Para discernir a diferença precisamos de utilizar a razão que faz com que acreditemos mais nos olhos do que na imaginação. Afinal é assim que funcionam todos os dispositivos e divertimentos de Realidade Virtual.

No entanto, ambos os circuitos nervosos permitem o processo cognitivo de aprendizagem, sendo ambos igualmente eficazes na construção das redes cerebrais que constituem as nossas memórias.

Ora a visualização criativa não é mais do que um sonho consciente que permite reprogramar a mente.

Se quiseres mudar a tua vida e tornares-te mais feliz há que saber utilizá-la. Quando visualizas pode imaginar tudo aquilo que quiseres sem qualquer restrição. Ao fazê-lo permitirás predispor-te a realizar tudo o que vivenciaste através da tua imaginação.

Esta técnica é também hoje muito usada em atletas de alta competição que treinam a mente por via da imaginação e da visualização para que, quando tiverem de efetuarem a sua competição, tudo esteja devidamente coordenado entre a força muscular e o sincronismo dos movimentos a efetuar, para que o desempenho seja o mais elevado possível.

Por isso, se queres mudar a tua vida, cria nítidos filmes mentais, fantasias nas quais percebes tudo o que está a acontecer – as tuas emoções e reações aos outros que observam a tua vitória e o teu sucesso, tal e qual como quiseres que aconteçam. Visualiza o teu objetivo já como um fato consumado. Só assim o teu subconsciente o entenderá perfeitamente e poderá começar a manipular todas as circunstâncias que finalmente farão com que ele se manifeste.

Na prática este simples exercício permite-te estender o teu poder mental, pela utilização de outras áreas do teu cérebro que normalmente não utilizas ou que apenas as utilizas quando estás a dormir e a sonhar. Os sonhos são processos de visualização criativa que se desenrolam de forma inconsciente e por isso sem o teu controlo.

Mas toma bem atenção, a Meditação Transcendental usa exatamente as mesmas ligações cerebrais de forma a permitir a fusão da Mente com Alma. Por isso, também podes usar a mesma técnica para viveres uma vida plena de propósito, em plena comunhão com a tua essência Divina, e sentires-te por isso sempre muito reconhecido e Amado.

Fica bem...


(A Mónada)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Mente de Deus e a do Homem


"Tudo o que acontece no mundo tem a sua razão de ser. O sábio tem esta certeza e por isso nada pode fazê-lo perder a sua luz, a sua paz, a sua confiança. Mesmo que muitos acontecimentos continuem a ser inexplicáveis para ele, isso não o leva a pôr a sabedoria divina em questão, pois sabe que, um dia, o seu significado ser-lhe-á revelado.

É certo que a existência nos põe muitas vezes perante factos, situações, que, à primeira vista, nos parecem incompreensíveis, absurdos e até escandalosos: como é que tais coisas são possíveis? Mas nada é mais terrível e perigoso do que concluir, a partir daí, que a vida humana é desprovida de sentido.

Jamais um sábio dirá, como alguns supostos filósofos, que tudo é acaso, caos e absurdo. Que orgulho é afirmar que não tem sentido aquilo que ainda não se consegue compreender! E que empobrecimento isso representa para o pensamento!"

Este excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov leva-nos a questionar: Como deverá ser o pensamento de Deus? Sendo nós criados à semelhança do Pai/Mãe, mesmo que a versão Adâmica tenha sofrido adulterações que estamos a depurar na nossa corrente evolução, cada vez mais a receber os novos códigos de LUZ crística emitidos desde o núcleo da nossa galáxia, as dimensões com que elaboramos o nosso raciocino e forma de pensamento, são diferentes e muito mais restritas do que aquelas que terá Deus.

Vejamos por exemplo, no contexto de toda a humanidade é assumido que qualquer tipo de doença é no mínimo uma adversidade a resolver e a superar. Em muitas circunstâncias ela pode representar dor e provocar a falecimento do corpo e por isso até a morte.

Agora que já expandimos um pouco a nossa consciência, percebemos que toda a doença não é obra do acaso. Mesmo quando ela é provocada por agentes patogénicos externos ou por qualquer acidente, tal acontece no decurso do nosso fluxo contínuo de vida e por isso estará de acordo com a energia irradiada pelo ser. Isto na prática significa que por exemplo num contágio, ele se deu porque tínhamos anticorpos incompatíveis ou o sistema imunitário enfraquecido. Por isso podemos sempre afirmar que tal deveu-se a um desajuste entre a nossa energia essencial de Alma e a do ser racional e egoico que também somos.

Olhando a doença por este prisma, então ela surge para nos alertar que não estamos no caminho certo, que existe uma diferença substancial entre o sentir da Alma e o sentir racional do ser, e que tal deve ser ajustado.

Se agora estiveres olhando para cada filho teu, pelo lado do que é verdadeiramente o Ser, que é a sua essência de Alma perpétua, e retirando a dimensão temporal, olharás a doença dele como uma forma de alerta de que ele necessita para lhe demonstrar que vai no caminho errado, mesmo que para tal tenha de desencarnar e voltar a encarnar, mesmo que sinta dor e possa entrar em sofrimento.

Agora pensarás... mas essa dor e sofrimento não são a antítese do amor? Como é que poderias ser um Pai amoroso e deixar o teu filho nessa dor e sofrimento?

Pois, mas se voltares a olhar pela perspetiva da não temporalidade e da ausência das dimensões espaciais, a dor e o sofrimento foram escolhas desse filho para poder aprender, transcendendo toda a dor e sofrimento pela Fé a cocriar em AMOR com Deus. A fisicalidade é efémera e é matéria reciclável e por isso é afinal um mero veículo de expressão de cada um dos seus filhos muito Amados.

E para nos mostrar exatamente isto, mesmo o próprio Deus se fez Homem e enviou o seu filho Jesus para nos ensinar a transcender a dor e o sofrimento. Este é o verdadeiro mistério da redenção.

Sintam-se por isso muito Amados por Deus. Mesmo doentes que possam estar, sintam a vossa doença como uma forma de orientação do Pai/Mãe para retornarem a esse AMOR e LUZ que todos somos.

Fiquem bem...

(A Mónada)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Os Princípios Energéticos de toda a Criação


"O Universo é obra dos dois grandes Princípios - o masculino e o feminino - o Espírito cósmico e a Alma universal, que se unem para criar. Aquilo a que nós chamamos o espírito (masculino) e a alma (feminino) são emanações desses dois Princípios criadores. Por isso, tal como eles, nós somos criadores pelo nosso espírito e pela nossa alma. Mas esse poder de criar nós só podemos exercê-lo se, pela nossa consciência, formos capazes de nos elevar sempre mais alto, até às regiões onde só reina a luz.

As atividades espirituais que fazem de nós criadores verdadeiros são a oração, a meditação, a contemplação e a identificação.

No desejo de nos unirmos de novo à Alma universal e de penetrarmos nela, nessa luz que é a matéria da criação, pelo nosso espírito nós fertilizamo-la. E a nossa alma, que então recebe os germes do Espírito cósmico, começa a gerar filhos Divinos: a inspiração, a paz, a alegria, atos de nobreza e de amor."

Mais um texto magnífico de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos ensina como nós fomos criados enquanto filhos de Deus. Os dois grande Princípios são as energias presentes em todo o Universo para que se manifeste qualquer obra de criação, seja ela Humana ou Cósmica.

Os filhos Divinos que nos refere o autor são as manifestações de fusão do Espírito Cósmico com a Alma, e o Espírito é a essência do Pai enquanto que a Alma é um invólucro energético vivo ou se preferirem um embrião subtil com a essência de todo o ser Humano que é fecundada pelo Espírito para se manifestar através da inspiração, da paz, da alegria, e com estes atributos espalhar na materialidade, atos de Nobreza e de Amor. A Alma é a Princípio da Mãe que necessita da energia material para manifestar o seu filho muito Amado.

Na criação da Humanidade, a Mãe é o nosso Planeta que tem a materialidade de que necessitamos para encarnar através do portal do nascimento, com uma Alma para assim construirmos e criarmos a personalidade com que nos manifestamos. A energia cósmica, ou Campo de Energia Universal (CEU), que fecunda a Alma e permite o processo de encarnação, é uma energia masculina. É por isso que nos podemos referenciar como o filho de Deus Pai e da Mãe Terra.

Enquanto filhos de Deus e semelhantes a ELE, vimos também com essas duas polaridades em nós, manifestando-se a energia masculina do nosso lado direito e a feminina do nosso lado esquerdo. Enquanto masculina, essa energia induz a força da ação e a proteção (que significa proteger a ação criativa Divina). Enquanto que a criação propriamente dita, aquela que alberga todos os momentos de criação e recriação, são tipicamente manifestações da energia feminina. É através da nossa sexualidade que acabamos por participar materialmente em toda a dinâmica de criação da Vida Humana.

Assim se desdobra a Vida, em fractais de vontade, força, concepção, criação, ação e proteção. É assim que ganham forma todos os ciclos da Natureza, nas dimensões em que se manifesta a materialidade que percepcionamos.

Existe no entanto uma constante que se encontra no mais profundo da nossa Alma, que é perpétua - é o AMOR. Ele é o elo de ligação de todas as manifestações físicas.

Deus, tu, eu, toda a Humanidade, toda a Vida e toda a fiscalidade são emanações do AMOR. 

Deus é AMOR. Tu és AMOR.

Sente-te por isso mesmo sempre Muito Amado.

Fica bem...


(A Mónada)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

TEMPERANÇA


Mais uma virtude ou dom da Alma que devemos cultivar. Para muitos esta palavra pouco diz, pois não sabem que podem viver sem desejos e no entanto continuarem a ser ambiciosos.

A temperança é caracterizada pois pelo domínio e moderação dos desejos. Há quem a refira como o bom senso da existência do ser.

Mas deixemo-nos de tentar definir algo que só por si deve ter por base a essência do AMOR. Desta forma os desejos que há que moderar ou até fazê-los desaparecer são todos os que nos ligam e amarram à matéria, pois já sabemos que eles têm por base algo que nos é emprestado apenas durante esta encarnação que afinal nunca sabemos quando termina.

Assim, fixarmos a desejos que mesmo sendo imateriais, como por exemplo o estatuto, cargo ou todo o tipo de exercícios do poder sobre os outros, para além de serem da mesma forma problemáticos para a Temperança, são terríveis para a noção que cada Alma deve ter, do Todo e do UNO que É.

Por isso não ambiciones ser rico, poderoso, famoso ou seja qual for o que te possa distinguir dos outros. Procura sim esforçar-te por uma boa causa humanitária, política ou até social, mas sempre com o desejo intrínseco de servir e aprender as lições do AMOR.

Se nesse teu caminho te for confiado algum tipo de poder ou de regalia que te levem a poder ser distinguido pelos outros, nunca te esqueças do que afinal és, LUZ e AMOR, a mais pura consciência Divina a manifestar-se na materialidade. Ao deteres o poder então fá-lo no sentido desse serviço de AMOR Incondicional para com toda a Humanidade, ou simplesmente mais restrito aos que te foram confiados para que os possas liderar, que é o mesmo de ensinar.

Não te esqueças que a primeira lição de AMOR para todos os que detêm algum tipo de distinção social deve ser a Temperança. Para tal não te esqueças nunca que tudo o que te liga a esta encarnação é efémero e um dia acaba. Apenas as lições de AMOR e LUZ que cultivas é que levas registadas na tua Alma.

Assim, também se enquadra nas lições de temperança, todas as formas de desapego que formos fazendo ao longo da nossa vida, e isso sim é o oposto aos desejos materiais e essa deve ser a tua única ambição.

Amar não é possuir, é simplesmente cuidar, aceitar e admirar a beleza e o brilho do alvo desse AMOR, sempre tendo a consciência de que é o próprio o possuidor desse AMOR que o sente, pois simplesmente é o que É – AMOR e LUZ.

Por isso a Temperança é o simples desejo e ambição de ser AMOR e LUZ em todos os momentos da Vida.
Vivam pois esse AMOR e LUZ, e sejam Felizes.

Fiquem bem...


(A Mónada)