domingo, 31 de agosto de 2014

FÉ (1ª parte)



“Certo dia um montanhista, num passeio sobre um penhasco muito alto, de repente sente um dos pés a escorregar e não tem mais tempo senão segurar-se num pequeno galho, sob um enorme precipício.

Ele sabe que aquele pequeno galho não vai aguentar por muito tempo o seu peso e não consegue arranjar forma de se elevar e voltar para o topo do penhasco.

Começa a gritar por auxílio:

- Socorro!!! Acudam-me!

- Socorro!!! Está aí em cima alguém que me possa ajudar?

Mas o tempo vai passando e nada acontece.

Desesperado pede ajuda a Deus que o salve, e no momento em que o faz, logo se começa a formar no céu uma nuvem escura, onde brilha uma Luz por de trás, muito brilhante, e ouve-se uma voz forte:

- EU ESTOU AQUI … para te ajudar.

- Oh! Muito obrigada meu Deus… eu estou aqui pendurado há já algum tempo e este galho está prestes a partir-se e se ele se parte eu caio e tenho morte certa. – dizia o montanhista com voz trémula…

De novo a voz de Deus fez-se ouvir com grande fulgor:

- E tu meu filho! Tens Fé?

- Oh! Meu Deus… Claro que tenho fé… eu estou aqui pendurado e estou a falar contigo… é claro que tenho fé.

- Muito bem meu filho – responde-lhe Deus.

– Então Larga-te!!!

- Mas meu Deus o precipício é enorme e isso é morte certa! - Exclamou o montanhista.

- Larga-te!!! – voltou a ordenar-lhe Deus.

O montanhista cheio de medo, olhando de novo para o precipício e voltando a face para o alto volta a gritar:

- Socorro!!! Acudam-me! Está aí em cima alguém que me possa ajudar?“


Esta pequena história, de autor desconhecido, que hoje aqui vos trago é bem o exemplo do que chamamos muitas vezes erradamente de fé.

Pedir, nós somos capazes de pedir… normalmente em situações de grande aflição, ou em que sentimos um imenso medo... nós pedimos o milagre. Nós pedimos, e até fazemos uma espécie de negociação, no caso de sermos atendidos, como se a graça Divina fosse passível de uma transacção. A isto nós chamamos de promessa.

Depois se não formos atendidos ficamos chateados com ELE.

Mas será que quando pedimos, o fazemos com Fé?

Somos capazes de largar o galho?... ou fazemos como o montanhista?

Se fazemos como o montanhista e acreditamos, mas não confiamos, nem nos entregamos à providência Divina, será isto ter Fé?

Pois é… Para se ter Fé não basta acreditar… de facto há que confiar e entregarmo-nos aos desígnios Divinos, por mais absurdos que nos possam parecer. Na base dessa confiança tem de haver a certeza de que somos filhos de Deus e Este, como Mãe/Pai que é, jamais deixará que algum mal aconteça a quaquer um dos seus filhos.

Tudo o que nos pode acontecer é sempre perfeito e estará seguramente de acordo com o nosso Propósito Maior, mesmo que tal nos possa parecer como um enorme precipício, como acontecia ao montanhista da nossa história.

A Fé é uma virtude que se conquista, trabalhando-a a partir do acreditar e do sentir do AMOR em nós. Aí sim, sabemos que somos infinitamente AMADOS.

AMADO EU SOU! AMADO EU SOU! AMADO EU SOU!
Fiquem bem

(A Mónada)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ESPERANÇA


Falar de Esperança é falar na necessidade de todo o ser humano em acreditar em algo que lhe seja alcançável, como por exemplo um objetivo, um estágio no seu processo de aprendizagem, em algo que deseje seja material ou imaterial.

Dito desta forma, viver a Esperança parece ser muito redutor à concretização de desejos, mas de fato não é, carateriza-se por provocar um estado emocional e consequentemente bioenergético, propício a um estado de saúde e a um movimento energético que concorre, pela Lei de Atração, a que esse desejo se venha a realizar.

Aliado à Esperança está obviamente a perseverança e o acreditar em alcançar algo que nos parece inatingível e distante.

Na componente espiritual, quando se atinge a fase de não desejo, isto quer apenas referir-se a desejos específicos à encarnação do Ser. Afinal mesmo os budistas anseiam o Nirvana e têm a Esperança que um dia, tal como Buda, o atingirão.

Viver na Esperança deve ser portanto um estado de vivência amorosa pelo desejo de alcançar os desígnios e os objetivos Maiores que a Alma ao encarnar assim estabeleceu no seu contrato encarnacional.

O grande problema consiste em conhecer esse Propósito Maior e seguir no caminho certo, na senda das vivências e experiências que a vida consagra em cada momento e ter a capacidade de as aceitar como tal, quando estas forem adversas, de acordo com o julgamento do Ego humano.

Viver na Esperança é pois viver com a consciência que toda a vida tem momentos prazerosos e adversos e em que cada um deve ser vivido na plenitude da descoberta da oportunidade da aprendizagem de AMOR que ele revelará. A questão agora é saber se estaremos suficientemente preparados e despertos para o vivermos nesse AMOR, em vez de nos deixarmos afogar num monte de emoções, algumas delas muito densas.

Viver a Esperança é a única forma que temos de nos erguermos e com perseverança voltar ao nosso caminho. Este é o caminho da Redenção que a Esperança numa Vida Maior e cheia de LUZ e AMOR junto de Deus Pai/Mãe nos traz.

Para viver nesta Esperança é preciso ser muito mais do que perseverante. É preciso ter Fé, mas isso é algo que iremos abordar num próximo poste.

Para já vivam na Esperança de um dia viverem na Plenitude da Glória de Deus Pai/Mãe que muito nos AMA.

Fiquem bem...


(A Mónada)

sábado, 23 de agosto de 2014

PACIÊNCIA


A Paciência é também uma virtude e um valor que a Alma Humana deve aprender. Ela consiste basicamente na capacidade de manter o controlo emocional equilibrado em momentos de adversidade, ao longo do tempo e sem nunca perder a calma.

Ainda que isto seja uma definição comum, há que distinguir determinados comportamentos ou emoções que possam gravitar em volta desta virtude. A resignação e o alheamento são atitudes que nada tem que ver com a paciência e que correspondem à desistência do ser perante as situações que ele deve enfrentar. Paciência também não é incapacidade de lidar com determinada situação ou problema.

Como todas as virtudes humanas têm por base o AMOR, por isso devemos de ir em busca do que faz com que lidemos com paciência perante a adversidade ou as situações que nos possam trazer dor e sofrimento. Onde o AMOR Incondicional do Eu Divino do Ser se transforma em Paciência.

Por isso sente como deverias de agir cheio de AMOR e a sentir-te profundamente AMADO, quando te encontras perante situações que te possam irritar, revoltar, desagradar, exasperar, enfim... causar-te qualquer tipo de desconforto.

Um ser que se sente plenamente Amado sabe que todos esses momentos são provações ou se quiser, momentos em que nos colocamos à prova para ver se aprendemos a lidar com eles através do AMOR. Assim, procura perceber onde se encontra a oportunidade de aprendizagem, tentando olhar para a situação de outros pontos de vista. Por exemplo, quando olhamos a situação através dos olhos do outro que nos está a provocar esse grande desconforto, com AMOR, normalmente sobrevêm um sentimento que está muito próximo da paciência e que é a tolerância.

Se agora expandirmos a nosso ponto de vista para a visão do Ser que tudo observa e nada objeta, critica ou julga, então a tolerância torna-se compreensão e entendimento Divino, que tudo perdoa e aceita. Mas atenção, esta aceitação não significa de forma alguma resignação ou cedência, apenas significa que devemos reforçar ou demonstrar de novo os limites onde a interferência energética do outro deve ir e isso deve fazer-se através de outro sentimento que é a compaixão.

Na prática, a paciência faz desaparecer todas as emoções nefastas de intolerância, atua com se fosse água que tudo lava e limpa deixando apenas a pureza, o brilho e o esplendor do Ser Divino que todos são.

Aprende por isso a beber todos os dias, e logo de manhã, esta “água” da Paciência. Faz com que perdoes tudo e todos que te possam ter magoado no passado, como se cada momento que vives fosse o primeiro e o último da tua vida.

Nunca desistas de ti e de te sentires bem contigo mesmo, o que é o mesmo que te sentires sempre muito AMADO e Abençoado por Deus Pai/Mãe.

Afinal, a Paciência de Deus perante as falhas humanas não é mais do que a Divina e Suprema Misericórdia suportada na Compaixão do Pai/Mãe pelos os seu filhos muito Amados que todos são.

Vive pois também essa Paciência. Bebe todos os dias a tua “água” da Paciência para que também te possam chamar de misericordioso.

Fica bem...


(A Mónada)

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

HUMILDADE


Ser Humilde não passa por teres de fazer votos de pobreza, mas passa pelo despego dos bens materiais, mas isto não significa que tenhas de doar nada, representa sim teres a perfeita consciência de que não te identificas com nada do que possuis e que vives usufruindo de tudo o que o CEU te veio dedicar e a atribuir, para que possas realizar a tua missão e o teu Propósito Maior nesta encarnação.

Ser verdadeiramente Humilde é sentires-te um peregrino que encara esta vida como um caminho, uma senda, que te levará a casa, depois de realizares todas as vivências e experiências que te propuseste vir viver. Mas para tal, precisarás dos recursos e de todos os dons que o CEU te der, para que o possas fazer da melhor maneira, ou seja, sempre deixando fluir em ti o teu Divino AMOR.

Muita gente confunde a Humildade com a necessidade de viver na pobreza, mas tal é uma ilusão e não corresponde a seres verdadeiramente humilde. No entanto, viver a humildade também passa por ajudar os outros irmãos, a suprir as suas necessidades básicas e para tal, se tiveres recursos extra, corresponde necessariamente a partilhá-los com ele, mas isso é outra virtude: a Caridade.

No entanto, a verdadeira essência de ser-se humilde é o AMOR, e de estares em permanente “modo de aprendizagem” perante tudo o que te vai acontecendo na vida, consciente da tua ignorância, pois neste domínio nunca saberás o suficiente. Viver o AMOR e a compaixão é algo que nunca ninguém saberá o suficiente para poder assumir-se com a arrogância desse conhecimento.

Assim, pode afirmar-se que a Humildade é uma virtude que consiste fundamentalmente em tentares sempre e em todos os momentos, conheceres a tuas próprias fraquezas e limitações, e de as não projetares nem tão pouco te mostrares superior aos outros, numa vã esperança de as esconderes de ti próprio.

Outras das confusões que existe é com a Modéstia. Repara que pode corresponder exatamente ao oposto. A pessoa que é modesta é tida como aquela que não tem ambições. A Humildade pode por isso existir no simples ato de reconhecer que, em determinada situação, estás a ser ambicioso em vez de ganancioso.

Mas deixemos os rótulos, pois eles levam-nos ao permanente auto-julgamento, baseados em crenças comuns, que assimilamos quando lemos o que os filósofos e teólogos têm escrito e isso não nos conduz necessariamente à Humildade.

A Humildade é antes de mais uma característica intrínseca do Ser que é integro consigo mesmo, vivendo na simplicidade da sua manifestação e expressando sempre o fluir do AMOR dentro de si.

A Humildade é a vivência permanente desse AMOR na manifestação Divina que tu és. Mas para tal tens de ter consciência da tua Divindade e do AMOR e Compaixão que habita em ti.

Sente esse AMOR e sente-te sempre humildemente AMADO.

Fica bem...


(A Mónada)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

CARIDADE


Ser-se Caridoso não é a mesma coisa que ser-se solidário. Quando partilhamos algo com um irmão sem questionar nada, isso é ser-se solidário, muitas vezes nem é preciso sabermos a quem objetivamente se destina a nossa partilha. Somos também solidários quando defendemos causas comuns, emoções comuns e até pensamentos.

Mas tudo isto não nos faz pessoas caridosas. Tão pouco não passa de uma mera caridadezinha, dar um donativo na rua a quem nos pede ou até mesmo quando damos de comer a quem diz ter fome e depois seguir na nossa vida indiferentemente.

Afinal o que é ser-se conscientemente caridoso?

É quando estamos verdadeiramente disponíveis para amar o outro e isso passa necessariamente por o querer conhecer melhor, saber as suas necessidades e sobretudo conhecer quais são as causas dessas mesmas necessidades, sem no entanto nos imiscuírmos na sua vida, ou seja, sem querer manipular, criticar as suas escolhas ou dar sermões de bem fazer, pois isso seria violar o princípio do Livre Arbítrio.

Ser-se Caridoso é com certeza matar a forme aos famintos, corresponder às primeiras necessidades daqueles que se cruzam connosco, mas não é apenas isso, ou melhor, esta é a parte mais fácil de todo o nosso envolvimento Caridoso.

Vejamos o ensinamento de Lao-Tsé que diz: “se deres um peixe a um homem faminto é matar-lhe a fome num dia, enquanto que se o ensinares a pescar é alimentá-lo para toda a vida”... Ele significa que há que cuidar também em ajudar a pessoa na sua reinserção social, de forma a que ela possa retornar à sua verdadeira dignidade social em busca da sua própria felicidade e realização pessoal.

No entanto, toma a atenção para não dares nada, só para te descartares dos teus próprios sentimentos de culpa, mágoa, raivas... ou até porque simplesmente te julgas uma excelente pessoa e o queres provar a ti próprio, pois nada disto é ser-se caridoso. Quando quiseres sê-lo pensa antes como gostarias que te fizessem a ti próprio, dirigindo ao outro sempre uma energia de AMOR e LUZ.

Viver a Caridade é viver a compaixão de quem partilha de forma consciente, ajudando o irmão a levantar-se sem nada objetar e criticar e, a retornar à sua essência de LUZ e AMOR em linha com o seu Propósito Maior. Isto sim é que é a verdadeira Caridade.

Não queremos com estas palavras que renuncies aos teus atos solidário, apenas apelamos que o faças da forma mais consciente, bela, límpida, sincera e íntegra, em teu próprio benefício e do teu irmão.

Lembra-te sempre que todos somos UM e cada um é filho de Deus e por ele sempre muito Amado.

Vive por isso em comunhão com Deus Pai/Mãe e com todos os teus irmãos como se todos fossemos UM só.

Fica bem


(A Mónada)