domingo, 2 de fevereiro de 2014

Evoluir na Vida...



"Enquanto são jovens e têm saúde, os humanos nunca pensam no princípio de degradação que trabalha insidiosamente neles e que, um dia, acabará por triunfar. Têm tendência para acreditar que o mundo lhes pertence e que o futuro se abrirá incessantemente diante deles. Que frustração a sua quando começam a sentir que o mundo físico está a escapar-lhes! E eis que, nessa luta sem mercê que se desencadeou neles entre o princípio de vida e o princípio de morte, alguns querem reter a vida por todos os meios: lançam na batalha todos os recursos que deveriam utilizar para se interiorizar, para se aprofundar, e perdem tudo.

Nós não viemos à terra para aqui permanecermos eternamente jovens e de boa saúde, mas para fazermos uma aprendizagem, para adquirirmos uma experiência. O sábio é aquele que está consciente da curva do caminho e se esforça por utilizar tudo. No mundo espiritual, a ascensão é ininterrupta. Aqui em baixo, faça-se o que se fizer, pouco a pouco ver-se-á a testa e as faces ficarem com rugas, os cabelos embranquecerem, os dentes caírem, etc. Mas é preciso compreender que isso não tem grande importância se, por detrás dos cabelos brancos e das rugas, se manifestar a irradiação da vida espiritual."

Mais um excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos refere um aspeto importante da vida humana. Ela inclui dois portais muldimensionais no seu início e fim. O primeiro, o do nascimento, é aquele que nos permite assumir um novo ciclo, ou período, onde nos podemos expressar e cocriar na materialidade. Deixamos a dimensão energética potencial de consciência, a dimensão espiritual, e passamos, através de uma “fatiota biológica” muito perfeita e complexa, a poder manusear, dar forma, criar na energia mais densa a que se convencionou de chamar matéria. O segundo é o terminar deste período em que a nossa consciência mais reduzida, a que está confinada ao corpo, se expande para fora desta mesma dimensão material, devolvendo à Terra toda a matéria densa que a envolveu e voltando ao seu estado natural na dimensão espiritual.

Ora este ciclo, que em termos médios dura cerca de 80 anos terrenos, não é estático na medida em que existe uma dinâmica evolutiva, na forma como a matéria se organiza para dar vida ao corpo. De início, enquanto jovens temos muitas expectativas e sonhos do que possa ser o nosso destino, vivemos muito para o futuro e no futuro. Com o passar dos anos e à medida que o portal de desencarne se aproxima, tendemos a ignorá-lo e a achar que dispomos da mesma energia física para realizar tudo o que queremos. É aí que a nossa mente se volta para o passado e tendemos a mantermo-nos lá e quando não nos é de todo possível o mesmo desempenho, sentimo-nos imensamente frustrados.

A morte é fonte de muito desconhecimento, mistério e medo. Afinal nunca ninguém morreu e voltou para contar o que efetivamente existe do lado de lá. Relativamente a este aspeto, não é bem verdade, pois existem muitos relatos e vivências documentadas de EQM – Experiência de Quase Morte, que têm suficientes pontos em comum, para podermos afirmar que existe vida depois da morte, em que vale a pena investir.

Como a única coisa que não é perecível é a nossa alma, então como refere o autor deste texto, há que dar a maior importância aos valores que proporcionam o evoluir das almas, como sejam as virtudes que se devem cultivar, tendo sempre por baixo um terreno que lhes seja fértil. Esse terreno é o AMOR Maior.

Só o sentir desse AMOR é que permite uma verdadeira continuidade evolutiva da alma humana, rumo à sua Mestria e Ascensão.

O corpo, a persona (EGO) e todas as nossas posses e valores materiais que nos fizemos rodear enquanto estivemos encarnados, irão desaparecer no momento do desencarne. O que permanecerá é a memória do AMOR que sentimos e que expressamos, e todos os ensinamentos que foram adquiridos, em forma de sabedoria, que se irão constituir em LUZ da Consciência e Sabedoria Universal.

Todos nós somos Seres Divinos. Todos somos imensamente Amados. Mas é necessário entendermos o que verdadeiramente somos.

Fiquem bem

(A Mónada)

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