terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sem Desejos...



Conta-se que um grande místico vivia em silêncio e solitário, até que foi um dia, acordado por um anjo, um mensageiro de Deus. O místico esfregou os olhos e sentou-se para ver esta lindíssima angélica presença que estava mesmo à sua frente.

O anjo pelo seu lado olhou para os seus olhos e disse-lhe:

- Deus está muito feliz contigo. As tuas preces foram ouvidas e aceites e eu estou aqui para realizar os teus desejos. Basta que me peças, seja o que for, e todos eles serão imediatamente atendidos.

O místico ficou um pouco confuso e respondeu-lhe:

- Meu anjo, você chegou um pouco tarde. Houve um tempo em que precisei de muitas coisas e tive muitos desejos, mas isso agora acabou. Os meus desejos foram-se todos. Eu me aceitei e aceitei a forma como vivo e por isso vivo satisfeito com o que sou e tenho. Nem mesmo me importa mais se Deus existe ou não. Continuo a rezar mas por que isso me faz bem. Rezo como respiro. Por isso acho que chegaste tarde demais pois não tenho mais desejos.

- Mas Deus ofereceu-te esta graça – retorquiu-lhe o anjo. – Não podes ofendê-lo dizendo-lhe isso. Por favor, para meu e teu próprio bem, pede-me alguma coisa.

- O que é que eu tenho de pedir? – perguntou o místico. – Estou feliz e satisfeito com o que sou e tenho, como já te tinha dito. Para além disso tudo está perfeito.

Mas se insistes que eu peça algo, então diga a Deus que desejo continuar a permanecer sem desejos. Que me ofereça a completa ausência de desejos.

(história Sufi de autor desconhecido)

E você aí que lê este texto. Já alguma vez se sentiu assim? Provavelmente não pois a ausência de desejo e plena satisfação de todas as nossas necessidades é algo que muitos consideram impossível ou quase não Humano. Faz parte da condição Humana desejar sempre algo, pois a mente física oscila permanentemente entre o futuro que ainda não existe e o passado que já passou mas que se constitui em memórias que condicionam as nossas ações no presente, na medida em que as mesmas estejam associadas a emoções mais densas como o medo, a culpa e o pesar.

Quando nos focamos no momento presente, observando tudo o que nos rodeia, vivendo simplesmente a vida que nos é presenteado neste Mundo das formas. O desejo simplesmente não existe pois ele pertence ao futuro.

Com a frustração dos desejos não supridos, simplesmente acrescentamos mais bagagem emocional que vamos transportando ao longo da nossa vida até não podermos mais com ela. É essa muitas vezes a grande razão das nossas crises e dos nossos problemas.

A vida sem desejo não significa deixar procurar o nosso caminho e o nosso propósito. Simplesmente significa, como é referido no texto, apenas aceitar hoje e em cada momento a graça da vida tal como ela é. Viver sem desejo é encontrar a plenitude da Paz e da Felicidade e tal nunca poderá significar que se viva sem objectivos e sem o planeamento necessário... nem que seja para atingir este mesmo estágio de “não desejo”. Simplesmente significa que se vive, aceitando, cada momento que a vida nos dá na plenitude da Graça Suprema de Deus.

Reflita agora um pouco. Quantos desejos ainda têm. Saúde? Dinheiro? Reconhecimento Social? Fama?

Cada um de nós é apenas uma energia consciencial encarnada para co-criar no Mundo das formas, de acordo com a sua essência que é Deus. Por isso a melhor forma de existir é escolher viver o nosso momento presente com o sentir do Amor da nossa Alma. Sem desejos. Apenas escolhendo e co-criando em cada momento a experiência da própria existência.

Viva cada momento de cada vez no “Aqui e Agora”...

Fica bem.

(A Mónada)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A mente pode proporcionar que olhes todas as coisas com o mesmo olhar de Deus



Confiem meus queridos na vossa intuição. Ela é o vosso instrumentos de ligação à vossa alma, à Sabedoria Cósmica, ao Pai que é a Fonte que tu é.

Mas para terem uma boa intuição é necessário educarem a vossa mente, disciplinarem-na, tornarem-na mais focada no presente.

Normalmente vivem muito no passado e depois projetam muitos fantasma para o futuro e enchem-se de medo. Regressam muitas vezes ao passado à procura de um consolo, de um refúgio mas perdem-se nas mágoas, nas culpas, nos pesares, etc., e andam com a vossa mente neste frenesim de vai-e-vem permanente sem que tal vos sirva para alguma coisa.

Uma mente muito ocupada nesta oscilação (passado – futuro – passado) não executa o trabalho que deve realizar no presente. Vejam que esta mentes mais perturbadas são normalmente daqueles que nada fazem ou pouco têm que fazer, pois o ócio, como costumam por aí a dizer, é a causa de todos os vícios. O quer dizer que normalmente a mente do ocioso é uma mente que só se coloca no passado ou no futuro e por isso não proporciona pensamentos que se possam traduzir em ações concretas e criativas no presente. Por outro lado, a ausência de trabalho que estimule a mente, ainda a torna mais desgovernada e inoperante.

Por isso meus queridos mantenham a vossa mente bem controlada e quando não tiverem nada de especial para fazer, venham até nós – meditem. Venham até ao vosso jardim encantado, onde serão sempre recebidos com segurança, com carinho, com atenção e sobretudo com amor. Não há ninguém que não goste de vir até aqui. Só aqueles que ainda têm a mente muito perturbada ou que têm medo de se encontrar consigo próprios, de reconhecer as suas culpas, de terem aqueles rebates de consciência, que muitas vezes é necessário ter, que vos derrubam mas que depois vos levam de novo para a Senda da LUZ e do AMOR, é que não meditam e reclamam que estão bloqueados. 

Estar por isso muito atento à mente é necessário e obrigatório. Não deixem que ela transforme a vossa vida num mar de emoções revoltosas, cheia de irritações, de chatices, de amarguras, de tristezas, de melancolias, de raivas, de stress, etc..

Uma mente bem ocupada no presente nunca ganha stress. Uma mente bem ocupada é muito útil pois organiza ideias, relaciona conceitos e proporciona que executes as tarefas que desejas. No oposto, uma mente somente observadora não tem pensamentos. Por isso, quer de uma forma quer da outra, ter uma mente no presente, é uma virtude de ter uma mente sã, tudo o resto pouco interessa. Cuidem, observem, vejam como as vossas mentes transformam os vossos pensamentos, primeiro em formas de pensamento e depois emoções. Notem pois que quase sempre a energia que esse vossos pensamentos vos deixam é negativa e de baixa vibração, sobretudo quando se sentem angustiados, ansiosos, preocupados e amedrontados.

Assim, sempre que tal aconteça, lembrem-se de quem verdadeiramente vocês são e voltem-se para a vossa energia essencial primordial holística e nela encontrarão Deus, e sempre que os olhos humanos se cruzam com os Olhos de Deus, os olhos humanos enchem-se de LUZ e o coração humano enche-se de AMOR.  Tal é o poder de Deus que está em vós meus queridos.

Isto é para ser ensinado e divulgado para todo o Mundo, para que todo o ser humano quando olhar para os olhos do seu semelhante, olhar e ver no outro como num espelho, os olhos de Deus e quando olharem e verem os olhos de Deus no outro olhar, esse mesmo olhar cura, esse olhar dissolve todas as sombras do vosso coração. Esse olhar é de uma luminosidade tão intensa e duma riqueza tal que jamais o irão esquecer.

Mas para isso é preciso que a vossa mente esteja completamente ausente deste processo. É preciso que tenham a capacidade de ver mais fundo nesse mesmo olhar que afinal é apenas o vosso.

Observar o Mundo, observar todas as coisas e observar-te a ti próprio com o olhar de Deus, dá-te a capacidade de aos poucos e poucos conheceres a verdadeira Misericórdia de Deus e aí entrares finalmente no Mundo da Compaixão, no  Mundo do Amor Crístico, no Mundo do Amor Incondicional.

Cuida pois da tua mente que é o mesmo que dizer: Cuida pois da tua intuição, para que possas olhar o Mundo com esse olhar Divino de Compaixão, de AMOR e de infinita Misericórdia, só assim serás um verdadeiro filho de Deus à sua imagem e semelhança.

Sente-te por isso, por esse potencial, imensamente Amado e vive em PAZ.

Adeus meus queridos, até uma próxima vez...

canalização do Mestre Lanto pel’ (A Mónada) a 13 de Janeiro de 2014

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Fórmula da Paciência e da sua filha a Tolerância


Hoje venho aqui falar-vos de um tema muito sensível neste tempos que correm. Eu ainda não me identifiquei e por isso começo por o fazer. Eu sou a Mestra NADA e venho falar-vos hoje da Paciência.

Como o meu nome indica, nada significa todo o Potencial ainda não realizado e se ele não está realizado, é porque ainda não se transformou numa obra de criação, mas para que a obra seja perfeita precisam de cocriar com Deus.

No entanto todas as obras Divinas não se compadecem com uma dimensão que bem conhecem e que é típica dos seres humanos – o tempo. Para vós, seres humanos, até parece que o tempo vos falta. Para Deus, neste plano, o tempo não conta. Verdadeiramente o tempo não existe. Vocês não são capazes de perceber, de conceptualizar e envolverem-se sem a dimensão do tempo. Só há uma forma, uma fórmula mágica de começar a aceitar a não variável tempo na vossa vida.

Chama-se a fórmula da: Paciência de que vos falarei mais à frente.  

Vão ter de ter paciência convosco mesmo, com as vossas imperfeições, com os vossos erros, com as vossas ausências, com as vossas dores, com as vossas tristezas, enfim poderia enumerar milhares e milhares de situações para as quais a paciência é a melhor virtude, das diversas virtudes que a alma humana pode adquirir.

Mas poderão dizer-nos que: “Não!. A minha energia não se coaduna com ter paciência” . Pois então saibam que aqui neste plano, como o tempo não existe, a paciência é infinita e por isso existe também a Misericórdia Divina, cuja dimensão é também infinita. E isto é o resultado da Paciência e da Tolerância.

Mas agora poderão perguntar-me: “A Paciência tem limites?”.

Tudo tem limites, até o Universo que vos parece infinito tem limites. Por isso a paciência também tem limites, mas quanto mais abrangentes forem esses limites, quanto mais distante eles forem, mais o vosso Ser pode manifestar-se, com elegância, com doçura, com Amor, com sabedoria e esta é a vantagem principal de serem pacientes. Esta é a lição que este momento energético vos traz com maior profundidade e a primeira das paciências e das tolerâncias que têm de ter é convosco.

Ser tolerante cujo pressuposto é ser paciente, não é a mesma coisa que ser distante e muito menos será ser indiferente. A paciência traz a capacidade de ouvir, de observar e a sublime capacidade de viverem no “Aqui e Agora” sempre que precisarem. A paciência traz-vos a calma, devolve-vos a autoestima e o amor próprio que se desgasta quando se irritam e enervam convosco próprios, nomeadamente com as vossas incapacidades, com o vosso “não fazer” ou muitas vezes “não saber fazer”, perante o erro que surja, ou ainda, perante outras situações que se vos deparam no vosso caminho.

Tudo quanto resolverem com paciência e tolerância irão verificar que se aplicará a perfeição Divina. Isto significa que a perfeição Divina só se obtém com paciência que é um dos seus principais atributos.

É curioso e provavelmente nunca fizeram esta ligação. O que é a Paciência?

É aquilo que resulta da aplicação de dois grande conceitos ou se quiserem atributos da Alma Humana. A primeira é a PAZ e a outra é a Ciência, que aqui significa sabedoria.

Paz + Ciência = Paciência.

Assim se obtém a Paciência.

É com muita paciência que gostava que lidassem convosco e com todos aqueles que estão à vossa volta, sem se irritarem, sem permitirem que o vosso Ego expluda em várias formas emocionais exuberantes. Usem a sabedoria para olharem para todas as coisas e usem a Ciência para realizarem tudo aquilo que tiverem de fazer e vivam em PAZ.

Agora resta-me agradecer-vos a vossa paciência em me ouvir e ler.

Até á próxima!

Canalização da Mestra NADA pela (A Mónada)  

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Emoções e mais emoções...


"Vós achais que a vida é difícil, e é verdade; achais que os humanos são, muitas vezes, maus e ingratos, o que também é verdade. Mas será isso razão para estardes sempre revoltados, indignados, azedos? Não vos dais conta de que, com essa atitude, acabais por prejudicar-vos?

Alguns dirão que não conseguem deixar de ficar indignados com aquilo que acontece no mundo e que, se se prejudicam, ninguém pode censurá-los por isso, pois é só a si próprios que estão a fazer mal. Pois bem, este raciocínio prova que eles não têm uma compreensão correcta das coisas.

Os humanos estão todos ligados uns aos outros e, se vós estiverdes tristes, deprimidos, sombrios, isso reflecte-se nas pessoas com quem vos relacionais. Não desejais fazer mal a ninguém? Aparentemente, isso é verdade, não fazeis mal às pessoas, mas, na realidade, fazeis, porque propagais ondas e partículas negativas. Vós julgais-vos separados dos outros, mas estais enganados: os vossos pensamentos e os vossos sentimentos agem sobre os vossos pais, os vossos amigos, até sobre os animais, as plantas e os objectos que vos rodeiam. Aqueles que fazem mal a si próprios fazem mal ao mundo inteiro; por isso, não são mais inocentes do que aqueles contra os quais se indignam."

Palavras sábias de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos ensina que não é apenas nós que prejudicamos quando pensamos mal de nós… seja a que nível for…

Por exemplo: Tu que te irritas com o teu filho pois ele não assume um comportamento ou atitude de acordo com os teus valores ou padrões morais, então ganha consciência que este estado de irritação não te prejudica apenas a ti… de facto vais ficar de tal forma pesado que com facilidade vais falar rispidamente com todas as outras pessoas com quem vais interagir, devido ao teu estado de irritação. Mas se isso para ti ainda é insuficiente, então sabe que os padrões morais ou valores que defendes para o teu filho não tem de ser os dele… pois ainda não deste entendimento que esses valores e padrões fazem parte do teu ego e fazeres juízos e críticas sobre os comportamentos e atitudes alheias podem levar-te  a graves erros de análise… pois ao fazê-lo confrontas-te com a tua realidade e esta não é a realidade dos outros.

Com isto não quero dizer-te que não devas ensinar ao teu filho os teus próprios valores morais… claro que sim. Mas também tens de lhe dar o espaço próprio para ele os assimilar e a partir daí fazer a suas próprias escolhas, assumindo a consequência delas. Por isso de que te serve ficares irritado?

Como vez… o estado de irritação faz mal a ti, a todos os que te rodeiam e pode ainda agravar, por oposição, o resultado da tua educação. Por isso é extremamente negativo, para ti, para o teu filho, para todos as pessoas com quem te relacionas… e, talvez ainda não saibas,… mas de facto é também negativo para toda a Humanidade, pois todos os seres humanos estão interligados no que podemos chamar pelo campo unificado de consciência humana… ou se preferires no inconsciente colectivo de Todos nós.

O quê? Ainda continuas a querer sentir-te irritado? Porquê essa teimosia?

Então sabe que ao converteres essa irritação em num outro estado de relaxação e temperança, vais começar a ver a situação por outros ângulos e vais voltar ao teu centro. Aí através do teu amor vais perceber que a melhor forma de ensinares o teu filho é através do teu exemplo, e vais aceitando as suas escolhas e assim abrindo espaço para uma maior compreensão e comunicação.

O Amor é isto mesmo… comunicar, partilhar, dar incondicionalmente o melhor de nós ao outro e sobretudo deixar que o outro siga com a sua própria vida e o com o seu destino, sabendo que este amor que tu sentes não se esgota nunca… porque é teu e a sua fonte és tu.

Sente-te por isso sempre muito Amado. E entende que todos os estados emocionais mais pesados não passam de manifestações pobres do teu Ego…

Fica bem

(A Mónada)