quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A MORTE...



A Morte!... Mas que título para um post!...

Se calhar será a última vez que empregarei esta palavra assim. E porquê? Porque está associada ao nosso medo primordial... porque simplesmente não sabemos o que há para além dela ou porque se calhar temos medo da dor e do sofrimento que por vezes lhe está associado.

Mas olhem para ela como um retorno a casa... um renascimento. Reparem que perante a nossa eternidade... A vida física que assim termina dá lugar ao renascimento para a Vida em espírito, que é afinal o nosso estado mais normal de existência, e a que sempre retornamos depois de uma encarnação.

Por isso deixem de falar de morte mas falem antes de desencarne pois é disso que se trata. Pelo nascimento encarnamos para uma nova vida física experiênciando a separação do TODO. Ficamos por isso limitados a expressar na fisicalidade a co-criação, aprendendo com as nossas escolhas. Cansados, no final desta vida desencarnamos para retonar ao nosso estado essêncial e, se escolhermos a LUZ, retornaremos ao contexto do AMOR do Pai/Mãe.

O nascimento e o desencarne são assim portais dimensionais... mais nada. Se pensais que o desencarne pode trazer mais dor... lembrai-vos por uns instantes das deformações porque sofremos quando nascemos, dos apertos porque passamos... e mesmo, depois da nossa existência ter durado 9 meses na barrida da nossa mãe quentinhos e envoltos num líquido amniótico amoroso, logo após o nascimentos somos lavados e limpos com algo àspero a que chamam toalhas, metem-nos de pernas para o ar, num ambiente com uma luminosidade extraordinária e na maior parte das vezes ainda levamos umas palmadas até chorarmos. É espantoso pelo trauma que passamos e que com facilidade nos esquecemos.

No desencarne experienciamos a libertação de uma fisicalidade opressora e muitas vezes dolorosa mas ao transpormos o portal dimensional estaremos de novo em nossa casa espiritual... livres... totalmente livres de novo. O espaço e o tempo deixam de ser dimensões relevantes na nossa nova existência. Outras aparecem, ainda que podemos não nos apercebermos delas de imediato, mas aos poucos daremos conta da paz, da serenidade e da LUZ. Saberemos então que estamos reunidos de novo no grande AMOR incondicional do nosso PAI. E haverá sítio melhor para se estar?

Claro que não... Então não temos de ter medo do desencarne. Cada vez que nos ligamos ao nosso Eu Superior e contactamos com a nossa essência divina, estamos a fazer a mesma ligação que um dia se desencadeará nesse processo. Meditar é pois preparar essa reunião, que um dia acontecerá. O sentir do amor será a dimensão que nos levará à LUZ.

Entendeis agora o porque é que têm de trabalhar o desapego? Se no momento em que este processo se desencadear e se ainda tiveres apegos fortes o que poderá acontecer é ficares ligados a eles e não conseguires discernir esta transposição de dimensões ... eu diria mesmo... que ficareis por aqui presos aos vossos apegos terrenos. Enquanto ser espiritual tal poderá trazer-te grande desconforto, desorientação e sofrimento.

Ir fazendo o desapego de quem amas não significa deixares de amar. Não significa abandonar quem mais amas. Pelo contrário...

É sentir que se ama incondicionalmente na mesma essência de que todos somos parte. O PAI.

Assim nos sentiremos inteiramente livres.

Fiquem bem nesse mesmo AMOR incondicional do PAI

(A Mónada)

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